segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E resta um átomo são de mim que insiste, que reluta e que jamais se renderá.
Partícula heróica que preza e luta pela justiça, honestidade, bondade e coerência entre discursos e ações.
Fênix que renasce depois do caos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fragmento incompleto

Confesso que tenho existido, e não vivido mais. Passo os dias em prostração vagabunda, abandonada em meio a pensamentos, lembranças, tormentos e vãs esperanças.
Ah! Se ainda me desses a ilusória certeza de que ainda me queres, que ainda me amas...
Mesmo que talvez não tenhas consciência total das consequências de teu não-querer, relegastes à morte lenta e morno desespero um corpo que ainda pulsava, possuía desejos e planos.
Porque a alma partiu e não se encontra mais comigo; ela se transporta ao passado, aos poucos momentos que estivemos juntos e às poucas horas em que me senti contemplada pela felicidade.
Sei que nada voltará a ser como dantes, e somente peço que a cada vez que contemplares a Lua te lembres de mim e tenhas a certeza de que fizestes a escolha certa ao deixar-me ir embora para sempre aquele dia.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

tudo era perfeito...
o clima, onde podíamos até correr que não suávamos;
a confiança, como se nunca fosse acabar;
os olhares, como os de dois cúmplices;
os beijos, como dois apaixonados;
as brincadeiras, como eternos companheiros.
tudo perfeito como num sonho...
porque foi um sonho.
um sonho do qual nunca quis acordar,
daqueles em que a gente sempre vai dormir ansioso
na espectativa de que se repita toda vez que fecharmos os olhos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Os dias estão ensolarados aqui.
Os pássaros cantam e revoam o dia inteiro.
As noites parecem calmas, até mesmo quando a Lua se oculta.
A Natureza vive...enquanto morro.

domingo, 5 de julho de 2009

era especial. agora, mais uma no mundo
já perdeu a calma, depois a alma,
e dessa vez jogou fora o próprio coração.
de que serve um morto com órgãos que pulsam,
comem, vivem, transbordam de amor, de ódio,
de sentimento?
não, não queria mais aquilo.
era o momento de romper, de escandalizar a si mesma
de chorar pela bondade ultrajada, zombada, escarrada.
que todos se fodam e lamentem por mais uma no mundo.
mais uma pessoa ruim, daquelas que a gente se pergunta
"mas como existe gente assim no mundo?".
é preciso sentir, mesmo que sem sentimento.
e pra sentir, é melhor não ter sentimento.

domingo, 10 de maio de 2009

quinta-feira, 5 de março de 2009

dia e noite brigo
comigo e contigo
pois por ti desamado
contigo e comigo
me tenho enganado
e a mim me persigo
me caço e caçado
estou a perigo
.
que des que te amei
a mim me odiei
estou que nem sei
se me contradigo
mas hoje apurei
fazendo as contas comigo
que me atraiçoei
já não sou meu amigo


(a perigo - l. tatit)