você me procura por entre jazigos
depois de beber com seus amigos
trôpego, por essas alamedas
tenta aliviar seu coração
mas não consegue, porque sempre me encontra
sabe que ainda estou ligada a você
mas não sei se devo reconstruir uma vida
sobre os escombros do meu amor-próprio.
talvez os pilares ainda estejam sólidos
mas talvez não estejam.
não quero ver meu castelo de novo ruir
e se tranformar em escombros, irreconhecíveis.
não sei se acredito mais
numa vida feliz ao seu lado
o que eu queria mesmo era o sentimento
mas isso você não pode mais me dar,
seja pelo quê ou por quem for.
é muito triste, estou com um pé em cada mundo diferente
um, é a real vida de solidão, da solidão
que nunca saiu de dentro de mim
e outro é o mundo seguro que ainda cultivo,
que você fez invisível
quando de repente decidiu partir.
.
.
.
cemitério
09/07/2008
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